terça-feira, 29 de março de 2011

CONIUNCTIO OPPOSITORUM

“Quem gosta do presidente Lula, gosta de José Alencar. Quem não gosta do presidente Lula... gosta de José Alencar.” Paulo Henrique Amorim

"... não é um governo de esquerda ou de direita que vai resolver... isso é imagem do passado"
José Alencar

           Em todos os aspectos, a contradição sempre foi o melhor caminho para me aproximar do razoável, por isso, esta união entre Lula e José Alencar clareou meu pensamento a respeito da complicada engenharia de se construir pontes de entendimento ligando posições aparentemente antagônicas.
           O “coniunctio oppositorum” (união de opostos) entre estes dois ex lideres sindicais, um que representou os trabalhadores, no sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, e do outro, os patrões, no sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Minas Gerais, “concretizou os pilares” daquilo que é impossível na cabeça daqueles que se deixam intoxicar pela intolerância de ideologias ultrapassadas.
           Mais do que o exemplo de coragem e otimismo diante da morte inevitável, o grande legado do conterrâneo muriaeense José Alencar (e do Presidente Lula) foi nos mostrar o óbvio, que os opostos fazem parte de um todo... são como afluentes de um mesmo rio, cujas águas, eventualmente, não se misturam, mas que ao final de um restrito trajeto, acabam unidas, desaguando em um mesmo oceano que é o bem comum... o equilíbrio.






Um comentário:

Professor Zeluiz disse...

Pois é,Fernando! Estamos todos enlutados: a corrente do BEM perde um elo precioso. Entretanto, Zé Alencar fica entre nós como exemplo de um fazer político que desejamos instaurar na nação.
Talvez, ele tenha sido a única utopia de vida pública que se realizou plenamente.
Um abraço... e pêsames para todos nós.